Participaram da mesa de discussões, Amarildo Miranda Melo, presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinduscon), Luiza Ribeiro Gonçalves, presidente da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat), Maura Gabino, superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Marcelo Naglis Barbosa, chefe da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), vereador Marcos Alex (PT), presidente da Comissão de Segurança Pública, Samuel Freitas, presidente Central Geral dos Trabalhadores do Brasil  (CGTB), Wallace Faria Pacheco, representando Anísio Tiago Pereira, superintendente regional do Trabalho/MS, Cícero Ávila, presidente da Fundação do Trabalho de MS, Jófilo Moreira Lima Júnior, diretor técnico do Centro Técnico Nacional da Fundacentro/SP, Edson Shimabukuro, presidente do Sindicato dos Engenheiros (Senge MS), representando Jari de Carvalho e Castro, presidente do CREA/MS e o deputado estadual Laerte Tetila (PT), representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Presentes ao Seminário, engenheiros, líderes sindicais, técnicos em segurança do trabalho, estudantes de cursos profissionalizantes, terão a função de atuar como agentes divulgadores e orientadores, que contará com material de apoio fornecido pelo Sesi como cartilhas e CDs que contém de forma didática, orientações da necessidade e forma de utilização dos equipamentos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon), José Abelha, reafirmou a importância a união em torno da segurança no trabalho, e lembrou que a segurança desenvolve-se de cima para baixo, partindo da diretoria até alcançar o servente da obra. “Hoje as empresas entendem segurança como investimento, não mais como custo, e isto é de fundamental importância. Com a chegada de uma massa de trabalhadores vindos de outras atividades, e que estavam parados por retração do mercado, chegaram para a construção civil, mas sem o preparo em termos de segurança, inclusive. Vamos, então, estar nas obras orientando esses trabalhadores e essa cartilha fornecida pelo Sesi vai ajudar muito”, enfatizou José Abelha.

Na abertura dos trabalhos, foi enfatizado que hoje não cabe culpar as empresas pelos acidentes de trabalho, é necessário responsabilizar o trabalhador, e partir para ações que unam os três pólos, empresas, trabalhadores e sindicatos.

“Reprimir, penalizar, são relevantes, mas não trazem o trabalhador de volta, não recupera sua saúde, não apaga o trauma dos familiares, portanto a segurança e este seminário ganham em importância”, explanou Wallace Faria Pacheco.

Marcos Alex lembrou que o Seminário vai, inclusive contra uma cultura, uma forma de ser do brasileiro, que não cultua o hábito da prevenção. “A economia, as indústrias, se habituaram a entender gráficos, projeções, estatísticas, mas hoje aqui, durante a execução do Hino Nacional, eu pude entender que ele também é feito pelos trabalhadores das diversas áreas. Eles construíram esta casa e a mantém, construíram as nossas casas. É primordial que se valorize o trabalhador, sua obra e principalmente sua vida. É responsabilidade de todos trabalhar por isso.

Não se pode permitir que o trabalhador não tenha carteira assinada, não se pode conceber que o governo contrate ou subsidie empresas que contratam temporários, que alimentem a informalidade. A carteira assinada é a garantia do trabalhador”, resumiu Alex.

A presidente da Funsat, Luiza Ribeiro Gonçalves, lembrou da importância do material disponibilizado, não só na construção civil, mas pela sua abrangência, em todos os setores. Na Funsat, lembrou, todos os cursos comportam uma carga mínima de oito horas voltadas para a segurança e saúde do trabalhador, e este material, produto de uma parceria entre os vários órgãos ali presentes, é fundamental.